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quinta-feira, janeiro 15, 2004

Breve encontro 

Este é o amor das palavras demoradas
Moradas habitadas
Nelas mora
Em memória e demora
O nosso breve encontro com a vida

Sophia de Mello Breyner

O PEC, o POC e o VIC 

Talvez por obcessão contabilística, alguns dos amigos (que conheci numa faculdade de Economia) fazem anos no dia 15. O primeiro celebra hoje a data.
Para o Vicente, apenas o melhor!

domingo, janeiro 11, 2004

As noites 



Após o solestício de inverno, os dias passarão a ser maiores.
Rumamos em direcção ao verão e, com ele, às noites curtas - ditadas pelo eixo da terra - mas longas - ditadas pela vontade.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

A Torre de Babel 

(sobre, novamente, o aborto: sobre o mesmo bem que todos querem, mas sobre o qual não se entendem; sobre as múltiplas vezes em que nos arrogamos transformar a "Direita e a Esquerda" - de um "método" de abordagem do universo - no próprio Universo)

«E o Senhor disse: "Eles constituem um só povo e falam uma única língua. Se principiarem desta maneira, coisa nenhuma os impedirá, de futuro, de realizarem todos os projectos. Vamos pois descer e confundir de tal modo a linguagem deles que não se compreendam uns aos outros."»


segunda-feira, dezembro 15, 2003

Um grande amor, refém dos mal-entendidos do mundo... 

O poeta (José Tolentino de Mendonça) faz hoje anos! Parabéns!!

Emigrante retorna para as vacanças de nouéle 

Após o curso de Biologia e dois anos do curso Superior de Formação Musical, a Inês (Thomas Almeida) dedicou a sua garra e graça ao canto. Partiu em Setembro para Berlim, atrás dessa sua paixão que é a Ópera.
Para trás deixa o seu enorme cão, Falstaff, e os amigos - saudosos do seu humor refinado, força de vontade e boa disposição crónicas, das suas festas dominicanas com uns daiquiris (?) inesquecíveis!

...

Recebi hoje o seguinte email:

"Anúncio:

Sábado 20 de Dezembro, pelas 22:05h hora local, Frau Thomas Almeida voltará
a beijar o solo pátrio, logo à saída do avião, como o Papa, mas seguramente
com mais desenvoltura.
A partir dessa altura aceita convites para festarolas, jantares, petiscadas, bailaricos e qualquer actividade social em que não se vislumbrem alemães, gente com primos alemães, tipos com pinta de alemão, gente que saiba alemão, gente que tenha estado na Alemanha ou qualquer pessoa ou animal que conheça ou tenha ouvido falar de alguém nas anteriores condições. Honrosa e amigável excepção para todos os alemães ou aparentados de alemães oriundos de Lindau am Bodensee.

À chegada vou ressuscitar o meu defunto telemóvel."

terça-feira, dezembro 09, 2003

A Arte da Fuga 

Após a morte de Beethoven, quando trabalhava na 10.ª sinfonia, este número tornou-se numa maldição para os compositores do Romantismo. Schubert e Bruckner deixaram 9 sinfonias; Mahler tem a sua 10.ª incompleta.
Mozart foi surpreendido enquanto compunha o seu Requiem (missa dos defuntos), terminado o "Lacrimosa". Constance, a viúva, entregou-o a um discípulo para ser acabado.
J.S.Bach dedicava-se a uma fuga sobre o tema B-A-C-H (o que na notação do Sul da Europa equivale a Si b-Lá-Dó-Si)... E foi com esta cantilena que o Senhor o chamou!

terça-feira, dezembro 02, 2003

Um homem nunca chora 

...nunca percebi bem porquê. É mais uma daquela ideias que nos incutem em criança (para nos tornar uns "homens valentes").
O tempo passou. Cresci. As agruras (naturais da vida) fizeram sentir-se. Num dado momento dei por mim, sucessivas vezes, com as entranhas contorcidas de dor e o rosto estático. Como um golpe seco, que asfixia...
Há dias em que daria tudo por uma lágrima.

quinta-feira, novembro 27, 2003

Causas da decadência dos cadernos de apontamentos 

Começou por ser o "livro" onde registava os apontamentos dos retiros ("...imagem do barco à vela: cabo sob tensão, esticar a corda!..."), coisa íntima. Com o tempo, passou a acolher os esboços de projectos (artigo "4.ªclasse@hotmail.com": preçário artigos escolares 1956 / caneta de tinta permanente 15$00), bibliografia, apontamentos, números de telefone, etc.
Do seu lugar certo e discreto, passou a deambular pela casa (e especialmente pela cozinha).
Acabo de o folhear à procura de um contacto e deparo-me - atónito - com o seguinte texto (duas páginas antes do retiro - muito íntimo), escrito em letras garrafais, pela mão da Eugénia,

«Há sopa e arroz de polvo. Também há carne de galinha na panela de pressão!»

Gloriosas noites, 

Tenho saudades do Natal… Dei comigo a passear os pensamentos de carro pelas ruas molhadas e mágicas como só de noite se revelam e lembrei-me do Natal. Não sei se teve alguma coisa a ver com a iluminação alusiva, que este ano demora a atingir o pleno fulgor (por certo a crise não se compadece nem incorpora o espírito da época) mas por certo não só… Com mais brilho e menos pompa me lembro do Natal que há-de vir (o Natal não tem tempo). Por certo estará a fazer já falta a pausa utópica que ele representa, por certo preciso será recuperar o fôlego, respirar sofregamente a Paz e adormecer com um sorriso de criança… Tenho saudades do Natal… Ou estarei apenas errante?

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